Aleam sedia curso de capacitação para profissionais que lidam com autistas
Capacitar profissionais das áreas de educação e saúde, pais e educadores para trabalhar com crianças autistas é tema de um curso que começou nesta segunda-feira (20), no Auditório Cônego Azevedo da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), e se estende até sexta-feira (24). A programação é do Instituto de Autismo no Amazonas (IAAM) que atende 58 pacientes, entre crianças e adolescentes.
O curso apresenta o modelo Floortime, que ajuda os profissionais que atuam com autistas a terem uma avaliação compreensiva e a desenvolver um programa de intervenção adaptado às dificuldades e potencialidades das crianças com autismo. O autismo é apontado como um problema psiquiátrico que costuma ser identificado na infância, entre 1 ano e meio e 3 anos, embora os sinais iniciais às vezes apareçam já nos primeiros meses de vida.
O distúrbio afeta a comunicação e capacidade de aprendizado e adaptação da criança. Por conta disso o modelo Floortime, constroi bases saudáveis para as capacidades sociais, emocionais e intelectuais ao invés de focar em habilidades e comportamentos isolados.
De acordo com a diretora técnica do Iaam, Miriam Rodrigues Iberman, são inúmeras as dificuldades enfrentadas pelos profissionais e pais de crianças autistas. A pedagoga explica que a ideia é preparar esses profissionais para desenvolver junto às famílias terapias adequadas que ajudem os autistas a se desenvolverem. “Nosso objetivo é capacitar e trazer mais orientações, por se tratar de um tema ainda novo”, frisou.
Segundo Miriam, um curso desses sai em média R$1mil aos participantes, daí o motivo o instituto trazer palestrantes de fora, as fisioterapeutas Patrícia Piacentini e Renata Ponte, para atender o maior número de profissionais. “Enquanto uma profissional está palestrando, a outra está no IAAM avaliando crianças que são atendidas”, disse.
Criado há oito anos, o Instituto de Autismo no Amazonas é uma entidade sem fins lucrativos, que atende crianças e adolescentes autistas oriundos de famílias de baixa renda. Além de convênio com o governo, a entidade conta com a ajuda de pais, doações, campanhas e venda de material pedagógico além de feijoadas etc.
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