“Diálogos Intersetoriais sobre Saúde Mental” conclui atividades de 2018

O Fórum Amazonense de Saúde Mental concluiu na terça-feira (11) as atividades de 2018 do evento “Diálogos Intersetoriais sobre Saúde Mental”. O encerramento dos trabalhos foi marcado pela realização da quinta reunião dos seus participantes no ano. O encontro aconteceu na Escola do Legislativo Senador José Lindoso, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), e teve o apoio do Gabinete do deputado estadual Luiz Castro (REDE).

A dinâmica de fechamento do calendário anual ficou por conta da psicanalista Adriana de Melo Lima. Ela mediou debate sobre o tema “Indicadores de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDI)”, que, segundo afirmou, é um protocolo com 31 indicadores, fundamentados por quatro eixos teóricos, quais sejam: a suposição de sujeito, o estabelecimento da demanda, a alternância presença-ausência e a instalação da função paterna.

A psicanalista esclareceu que o IRDI é um instrumento que é utilizado para se detectar alguns problemas no desenvolvimento de crianças entre zero a dezoito meses de vida, a exemplo de autismo e depressão infantil. Conforme Adriana Lima, a aplicação do IRDI se dá por meio da observação do comportamento da criança, sobretudo na relação com a mãe ou cuidador. De acordo com a especialista, a partir da apreciação se verifica se está havendo um desenvolvimento normal ou não da criança.

Adriana informou ainda que, em caso de detecção de dois ou mais problemas relacionados aos 31 indicadores do protocolo, durante o processo de avaliação comportamental da criança, é feito o encaminhamento dela para tratamento. “A gente acredita que na intervenção precoce muitas vezes é possível reverter o problema, fazendo com que a criança venha a se desenvolver normalmente”, destacou a psicanalista.

A representante do Fórum Amazonense de Saúde Mental, Rosângela Aufiero, avaliou como positivos os trabalhos executados pelo evento “Diálogos Intersetoriais sobre Saúde Mental” em 2018. Ela lembrou que os participantes têm respondido aos chamamentos e sugerido temas para discussões e elaboração de ações integradas. Quanto à perspectiva para 2019, Rosângela disse que espera “mais diálogos, mais encontros e mais mudanças”.